Eram muitos, os nomes sonantes da Rádio, e não só, que por lá andavam, nessa altura.
O João David Nunes, duplamente peso pesado, o José Nuno Martins, o Cândido Mota, o Carlos Cruz, o José Freire, o Zé Duarte., o Matos Maia, o António Macedo, o António Santos ( com quem fiz As Noites Longas do FM Stereo e a Broadway) e muitos outros...
Mas o António Sérgio era diferente. A começar no visual cerrado, na voz grave, e a terminar na seriedade com que levava a cabo a sua missão - dar a conhecer aos ouvintes a música alternativa, então desconhecida em Portugal.
Deve-se a ele a descoberta dos Xutos, mas também a divulgação de muito rock da pesada ( Lança Chamas), de várias mulheres cantoras ( Loiras, Ruivas e Morenas), de música de vanguarda( Som da Frente) ou, ainda, o programa que mais fiéis lhe trouxe - a Hora do Lobo.
A sua hora chegou, agora - um ataque cardíaco, aos 59 anos.
Quando vi na tv a notícia da morte do AS imaginei que os vossos mundos se haviam cruzado. Aliás, o mundo da rádio (da BOA), faz parte da vida de muitos de nós, quanto mais não seja como ouvintes militantes!
ResponderExcluirTambém eu fui ouvinte do António Sérgio, embora, tenho que confessar, a minha onda musical fosse muito mais a das Noites Longas e a do Oceano Pacífico, para não falar, noutro género, do Em Órbitra.
ResponderExcluirGrande profissional, sem concessões a modismos, que me deu a conhecer muitas das músicas que me têm acompanhado.
ResponderExcluirEm 2007, a Rádio Comercial "dispensou" António Sérgio; coincidência ou não, foi nessa altura que deixei de a ouvir...
ResponderExcluirPouco tempo depois, António Sérgio mudou-se para a Rádio Radar, com um programa nocturno que se chamava "Viriato, 25", mas que apenas podia ser ouvido em Lisboa e arredores.
Miguel Esteves Cardoso escreveu, então, no "Público":
"A música de António Sérgio é a melhor e está tudo dito".
Uma frase em que está tudo dito!