Foi uma viagem meio-trabalho-meio-lazer.
Tinha que ir ver uns terrenos que um grupo angolano me pediu para avaliar em termos de construir uma estratégia concertada de desenvolvimento: aqui toda a gente faz moradias ou prédios para habitação e escritórios ou armazéns.
A ideia para este promotor é desenhar algo de diferente: uma estação de serviço aqui, uma guest-house acolá, um business-park, enfim, projectos que tenham sentido na zona onde vão ser construídos e saiam da concorrência instalada.
No sábado, com voo marcado na TAAG e partida às 11:00, fizemos o check- in às 09:00 (aqui são precisas duas horas de avanço para se poder garantir o lugar que nos foi confirmado quando compramos o bilhete e, sobretudo, que ninguém nos "rouba" o lugar se formos em cima da hora).
Partimos às 13:30: foi bom porque poderia ter sido pior, ou mesmo o voo cancelado! A viagem dura uma hora, e à chegada temos que fazer controlo de imigração (é assim mesmo, mesmo em voos domésticos).
Partimos às 13:30: foi bom porque poderia ter sido pior, ou mesmo o voo cancelado! A viagem dura uma hora, e à chegada temos que fazer controlo de imigração (é assim mesmo, mesmo em voos domésticos).
No que restava da tarde ainda tivemos tempo para ver 6 dos onze terrenos que tínhamos para inspeccionar no total. Foi como que uma corrida, o sol começa a pôr-se por volta das 18:00 e queríamos deixar o menos número possível de terrenos para ver no dia seguinte, pois queríamos aproveitar para ir ao Namibe (180 kms.).
No domingo, levantar cedo, ver o que nos restava para ver, e fazermo- nos à estrada em direcção ao mar.
A estrada está em muito boas condições, mas tem no seu início a descida da serra da Leba que é como que uma parede de cerca de 1500 metros a pique.
Esta parte da estrada é famosa pelo desafio à engenharia na altura em que foi construída, claro ainda no tempo colonial.
São duas horas de viagem que passam num instante pela diversidade da paisagem, deste a exuberância do planalto onde está Lubango, com um clima muito próximo do mediterrânico, para o Namibe com a proximidade do deserto e do mar.
A baía do Namibe é impressionante pela sua extensão, a cidade está ainda uma pouco parada no tempo, são muitos os vestígios do tempo colonial e como podem ver pela fotografia da praia ainda se encontram aquela cores pastel que caracterizaram os anos cinquenta (e que estão bem preservadas, por exemplo, em Sunset Boulevard, em Miami).
Almoçamos uma excelente garoupa grelhada (não sem termos esperado mais de uma hora) regada por uma cerveja local (N'gola) de excelente qualidade.
O regresso a Lubango foi ao fim da tarde com a viagem já em lusco- fusco (que aqui ainda não é negócio).
Na segunda-feira o dia foi passado em aeroportos (Lubango e Luanda) com todo o ritual associado de espera, formalidades e mais espera.
Desta viagem fica a vontade de voltar com muito mais tempo, sobretudo para explorar o deserto do Namibe e da costa até à fronteira com a Namíbia.
Já há muito tempo que não víamos por aqui o Pirulito142. Foi um bom regresso!
ResponderExcluirPirolito, andei por lá no final da década de sessenta, lindo !!
ResponderExcluirGostei imenso de ler o se "post".
ResponderExcluirFez-me lembrar o Gonçalo Cadilhe nas suas reportagens pelo Mundo, principalmente a que publicou em livro "África acima".
Escreva mais!
Também eu Pirulito( ou Pirolito?)já sentia falta das suas crónicas africanas...
ResponderExcluirPorquê tão grande ausência?
TAAG e TACV, irmãs gémeas...
ResponderExcluirVá ao deserto e, depois, conte-nos como foi!
Un dos meus muitos tios adorava viver em "Nova Lisboa" (agora chama-se Huambo, e está feita em pedaços, ou estou enganado ?).
ResponderExcluirO pessoal do meu 'grupinho' do IST (os que eram de lá...) contavam estórias fabulosas, de se ir de Luanda a Nova Lisboa em jipe, 400 ou 600 kms, sempre com o paise no pidal.
Esse meu tio (que era conde e tudo de uma merda que não importa, também não lhe importava a ele) tinha um velho Ford Taunus, e quando aquilo não andava ele berrava-lhe "P'rá frente leão !!
O que a gente se ria...
:-)
Agora Angola parece que pertence á família dum gajú qualquer que tem um daqueles cursos merdosos da ex-Soviet Union, e a mais uns ex-"generais" do emepêeleá, falsos pretos reconvertidos em falsos capitalistas...
'Ganda cagada...
:-(
P.S.
E não se pode dixer mal deles. parece que são donos de metade das coisas aqui...