domingo, 1 de fevereiro de 2009

Jorge, o Colombo que descobriu a América.

Comecemos com palavras de Laurinda Alves "... Adoro a arte
do Jorge Colombo, a sua imaginação, a sua criatividade,
a sua inspiração e toda a ficção
que constrói a partir da realidade à sua volta.
Gosto do seu olhar e da maneira como vê as pessoas e as coisas.
Às vezes tem um humor delirante, outras é profundamente irónico
mas revela sempre uma compaixão divertida..."
"...Para além de amiga de longa data, sou fã dos seus desenhos,
das suas fotografias e de muitos dos pequenos filmes que faz
com a sua máquina fotográfica.
Uma pequena máquina de bolso que leva para todo o lado
e está colada nos cantos com tiras de fita-cola encarnada..."














"...Comecei por gostar dos seus desenhos há muitos anos, quando ele era 'apenas' um ilustrador talentoso.
Tínhamos vinte anos na altura e o Jorge ainda vivia em Portugal.
Era um amigo especial e 'performativo' que dizia e fazia coisas que ninguém nunca tinha pensado daquela maneira.
Original, muito culto e muito 'à frente', rasgou o mercado editorial quando desenhou o grafismo do jornal O Independente.
Na altura ele e o MEC marcaram toda uma geração. E as gerações que se seguiram..."


"...Tive a sorte de trabalhar com eles e de aprender com eles outra linguagem e novos conceitos.
A estética sempre foi importante para eles e assim como o MEC marcou um tempo novo na escrita, o Jorge Colombo marcou um tempo novo no design gráfico e na ilustração.
Todo o conceito de imagem na imprensa mudou radicalmente.
Por causa de um e outro, houve um verdadeiro 'antes' e 'depois' em matéria de escrita.
Os jornais deixaram de ser o que eram e as imagens passaram a ser o que nunca foram..."


































"...Depois o Jorge apaixonou-se pela Amy Yoes, escultora e artista plástica igualmente criativa e versátil, e emigrou para os Estados Unidos, primeiro Chicago, depois umas breves derivas por outras cidades e agora NewYork..."
Laurinda Alves in A Substância da Vida










Depois das palavras desta sua amiga e ex-colega pouco haverá a acrescentar acerca deste "portuga" que se apaixonou por uma "cámone"( são palavras do próprio Colombo) que vive nos Estados Unidos há 20 anos, Chicago, São Francisco e, agora, Nova Iorque, com visitas esparsas e pouco frequentes a Portugal.















Os primeiros trabalhos do Jorge Colombo que vi foram no Independente, durante algum tempo uma lufada de ar fresco no grafismo da imprensa lusa.





















Na fase Americana, Colombo foi Art Director do Chicago's NewCity, do San Francisco Magazine e agora da Jungle Media,NYC.
À Ilustração juntou a Fotografia, depois os pequenos Vídeos digitais de 1 minuto e actualmente trabalhos mais longos.











Mas Artista multifacetado, interessante e interessado,
muito antes já Jorge Colombo publicara Poesia.
No campo dos Livros foi editado, em 1992, Tamanho Grande
e, em colaboração com Inês Pedrosa, Do Grande e do Pequeno Amor,
pela D.Quixote, em 2006.
Autor de muitas das capas de sucesso das revelações
da década de 80 ( estou a lembrar-me, por exemplo do Adeus Princesa da Clara Pinto Correia)
Colombo está agora de novo entre nós com a Exposição Lisboa Revisitada
( ver pormenores no post acima).
Embora fazendo falta no nosso pequeno meio das artes plásticas é bom que Colombo continue, lá fora, com muito melhores condições e oportunidades, para desenvolver o seu trabalho.











E assim nós poderemos dizer,
sem sombra de contestação,
que temos um Cabral
que descobriu o Brasil, um Gama a Índia...
e um Colombo que descobriu a América !!!

4 comentários:

  1. Após muitos comentários, boatos e fofocas diversas, ouvidas aqui e além-mar, eis que me dignei apontar o meu apêndice nasal a este Galo.
    Sem dúvida interessante e inquestionávelmente educativo.
    Não me sinto, ainda, capaz de dissertar sobre os temas em análise, mas vou tentar esforçar-me.
    Este comentário serve apenas me pôr em bicos de pés virtuais, afirmando o meu "estou aqui"!

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  2. Ora aqui temos mais um(a)recém chegado(a)!
    Ainda por cima, importado(a)do Além-Mar...
    Podemos ao menos conhecer o género?
    Embora essa do apêndice nasal aponte para o masculino(uma mulher diria narizinho).
    De todas as maneiras seja bem vindo(a)!!!

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  3. Pois é Nuno,devia estar ainda meio adormecido para ter demorado tanto tempo a ver a Luz...
    Mas o 3 também me baralhou um bocado.
    A Hóspede tem-se portado bem?
    E a Prima também arribou? Abraço.

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  4. Está aqui um homem a tenta dissimular-se e é logo apanhado na 1ª curva!!!
    A Hóspede lê e vem logo perguntar se fui eu. O Galo vacila durante 5 horas e 28 minutos, mas também chega lá.
    Definitivamente sou muito mais óbvio do que pensava! Será que isto é bom ou mau? eheheh
    Já agora e para esclarecimento N3M = NMMM, iniciais deste criado ao vosso dispor.
    A Hóspede (e o Acrescento) não tem outra alternativa senão portar-se bem e a Prima está quase a aportar (expressão que, em minha opinião, se aplica melhor ao caso dela).
    Aquele abraço e voltarei dentro das minhas possibilidades

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