quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ilha Verde da Esperança



Chegamos dos ares
milhafre ou açor
planando no céu.
Açores e a cores
a Ilha deitada
de verde vestida.
Água derramada
em manchas de azul
cortadas de bruma
uma, e mais uma
surgem as lagoas.
Azuis, esverdeadas
paradas, entradas
Atlantes, de sonhos.

Com os pés já no chão
percorremos estradas
caminhos, canadas
de terra, alcatrão
com muros de flores.
E as vacas, ao lado
impantes de leite
deleite da vista
manchadas de preto
caiadas de branco.


Furnas e os fumos
o cheiro do enxofre
de chofre a estranheza
beleza de inferno.
E a alma lavada
a fome calada
pelo ventre da terra.




Cumieiras
entre lagoa e o mar
altura de grande roda
montanha russa nos céus
vista ruça, neblina
qual virgem
de brancos véus.

Criptomérias catedrais
Gaudi feito de madeira
para crentes e ateus
a quem Deus e energia
surgem
de várias maneiras.




Encontro com a Natureza
beleza sem respirar
chove, para de chover
a brilhar começa o sol
praias de areia tão escura
ondas pintadas de espuma.

Foi no no verde dessa terra
que encontrei o meu amor.
Também ela é uma Ilha
por vezes um continente.
Dias de luz e de lua
e, de repente, um vulcão.
Minha razão, minha esperança
a sede que nunca cansa
a fome que não termina.





Para a Delfina


6 comentários:

  1. Lindo de morrer. Bjs Maria

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  2. Maria
    A tua Terra e a tua Irmã, merecem isso e muito mais...

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  3. ...e a "Construção" continua!
    Parabéns à D.e um beijo para ti!
    Contessa

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  4. Vê-se mesmo que deitas os meus mails para o lixo!
    Ou então, já estás com falta de memória!
    O que te disse eu, quando te mandei as fotografias do Monte da Roseta?

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  5. OK mea culpa Contessa, não associei, de imediato...

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