Bettie Page, que muitos apelidavam de Marylin morena, por ser sensual e desinibida como a original loura, nasceu em Nashville, em 1923, e vivia agora em Los Angeles.
A infância de Bettie, com grandes dificuldades financeiras e pais separados, culminaria com a sua violação pelo pai, aquando do regresso a casa deste, anos mais tarde.
Até então a vida desta adolescente dividia-se entre o coro da Igreja e o Salão de Beleza onde trabalhava, fora do horário das aulas.
Aluna considerada excepcional, Bettie Page licenciou-se em Arte no Peabody College, em 1923.
Casou nesse mesmo ano e mudou-se para San Francisco, onde viveria até ao divórcio, cinco anos mais tarde. É nessa altura que decide ir viver para New York e iniciar uma carreira como modelo.
Descoberta por um polícia, Jerry Tibbs, fotógrafo amador inicia uma série de fotografias eróticas light, como era de bom tom na época.
É também Tibbs que lhe sugere o uso da franja, que se tornaria a sua imagem de marca, a fim de evitar o reflexo dos flashes na testa.
Mas é ao tornar-se modelo de bondage, com muito sadomasoquismo à mistura, que Bettie se transformaria num verdadeiro ícon, símbolo da libertação sexual da mulher, que só se intensificaria nos Anos 60.
Os responsáveis por essa transformação foram os fotógrafos Irving Klaw e Bunny Yeager,que a fotografaram nas mais malabarísticas posições, mas sempre mantendo o seu sorriso Pepsodent, o que a tornava num misto de sexualidade e inocência, à boa maneira de quase todas as grandes sedutoras.
Os responsáveis por essa transformação foram os fotógrafos Irving Klaw e Bunny Yeager,que a fotografaram nas mais malabarísticas posições, mas sempre mantendo o seu sorriso Pepsodent, o que a tornava num misto de sexualidade e inocência, à boa maneira de quase todas as grandes sedutoras.
Bettie foi capa de inúmeras revistas da época, como a Eyeful, a Beauty Parade ou a Wink, tendo sido escolhida por Hugh Hefner, o criador da Playboy, como Miss Pin Up Girl do Mundo.
Dizem que existem mais de 500 000 imagens de Bettie Page, o que é , sem sombra de dúvida, um record difícil de ultrapassar.
Personagem inspiradora de inúmeras ilustrações, Bettie teve direito, igualmente, a ser heroína de diversas histórias de Banda Desenhada.
Apesar de algumas tentativas, pouco consistentes, no Cinema, a sua carreira nesta área não singraria, em grande parte devido ao forte sotaque sulista, que possuía.
Com o seu segundo casamento, que se realizou quando Bettie tinha apenas 35 anos, retirou-se de toda a actividade como modelo, tornando-se uma religiosa fanática e abandonando o tipo de vida e actividade, que até então desenvolvera.
Recuperada nos Anos 80 pelos movimentos mais underground e vanguardistas, Bettie tornou-se um autêntico ídolo dos movimentos alternativos e virou imagem de Moda, de Acessórios e de inúmeros e variados gadgets, sempre com um forte cunho erótico.
O próprio Andy Warhol, que retratou as grandes estrelas dessa geração, não deixou de consagrar Bettie Page num dos seus quadros.
Em 2005, o filme The Notorious Bettie Page, relatou com bastante fidelidade, a sua Vida e trajectória artística.
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