quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Um Século de Cinema

Manoel de Oliveira faz hoje 100 Anos de Idade.
A realizar Singularidades de uma Rapariga Loura,
tirado de um conto de Eça de Queiroz,
que espera terminar num mês de filmagens,
o Realizador prepara já o trabalho seguinte,
O Estranho Caso de Angélica,
que quer levar ao próximo Festival de Cannes.
Oriundo de uma família numerosa
da alta burguesia aristocrata do Porto,
só o Pai tinha 14 Irmãos e Primos direitos 85!!!
Manoel de Oliveira nasceu no mesmo ano
em que o rei D.Carlos e o príncipe D.Luís
foram assassinados em Lisboa.
Dedicou-se ao Atletismo e às Corridas de Automóveis,
naquilo que pareceria vir a ser uma Vida de dandy,
menino bem dedicado à farra,
às noitadas e às conquistas.
Em 1933, estreia-se na Canção de Lisboa,
no papel do amigo rico do Vasco Santana
e alguns anos depois inicia a sua carreira de Realizador
com Aniki-Bóbó, tendo a sua segunda longa metragem,
Acto da Primavera, sido apenas realizada
vinte anos depois, em 1962.















O Passado e o Presente
e Benilde ou a Virgem Mãe,
começam a abrir-lhe as portas
dos Festivais de Cinema,
e os Prémios,
como o Leão de Ouro de Veneza
a abrilhantarem
muitos dos seus trabalhos.




Ganha então o Prémio Luís Buñuel
na Bélgica
e o Prémio Especial da Crítica,
na Mostra de São Paulo.
Vale Abraão exibe-se em Nova Iorque,
Cannes, Tóquio e Montreal
e A Caixa em Cannes.
Non ou a Vã Glória de Mandar
ganhou uma Menção Especial do Júri
em Cannes, igualmente.





Manoel de Oliveira recebeu a Comenda da Ordem do Infante
das mãos de Mário Soares
e foi nomeado
Comendador da Legião de Honra,
por Jacques Chirac.






































Idolatrado por uns e detestado por outros,
o que ocorre, com frequência, entre os Artistas
mais incómodos, Manoel de Oliveira
dedicou a Vida
ao seu Sonho Máximo - O Cinema,
ultrapassando fronteiras, modas e estilos,
o que é merecedor
dos Parabéns do"Galo"...
"A única coisa eterna é o Presente, o Passado é memória..."
Manoel de Oliveira

Um comentário:

  1. Parabéns Manoel...100 anos é obra.
    A julgar pela dinâmica que ainda empreende o documentário/filme "Visita ou Memórias e Confissões" (1982), ainda vai ter que permanecer mais algum tempo nos cofres da Cinemateca Portuguesa.

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