sexta-feira, 10 de julho de 2009

Avillez para, quase, todos

O chef José Avillez abriu um novo restaurante de comida rápida, em Santos.
E reivindica para si o título de rei do low cost, conta a Catarina Sacramento da Time Out Lisboa.
É mesmo assim: JA.
Não falta o acento.
São as iniciais de José Avillez e o nome da marca que o chef (actualmente à frente da cozinha do Tavares) acaba de lançar para baptizar uma nova linha de comida rápida com a sua assinatura.
O JA vem substituir a Life Style Cooking, empresa de catering gourmet e take-away que criou há três anos. Agora mudou-lhe o nome, para um “mais friendly e que fica no ouvido”, explica, e seguiu numa direcção que ainda não tinha explorado: a dos restaurantes low cost.
O primeiro chama-se JA à Mesa e abriu as portas a semana passada, num pequeno pátio escondido, junto ao Largo de Santos.
Dentro de um ou dois meses já vai ter sucessor, escassos metros mais acima, em S. Bento.
A carta será diferente, à base de tapas e hambúrgueres, mas a palavra que inventou para a definir aplica-se a ambos: “sofisticacessível”.
No JA à Mesa há pratos do dia, saladas e tostas – e menus entre seis e 12,50 euros.
Não espere é encontrar os bifinhos com cogumelos ou o bacalhauzinho igual ao da vizinhança. Avillez quis diferenciar-se nas receitas e ter “pratos do dia-a-dia, mas com alguns apontamentos de criatividade”.
Como o frango thai, com arroz e legumes ou o arroz de pato com couve e farinheira.
Além disso, há pastéis, quiches e um pequeno balcão de take-away.
Qualidade para as massas? Ele diz que é possível.
“A boa cozinha não precisa de ser cara”, afirma, e não sendo alta cozinha como a que pratica no Tavares, procura ter aqui “bons produtos, mais baratos, preparados e apresentados com cuidado” e levar a sua cozinha a um público mais vasto do que aquela parca minoria a quem não custa deixar uma mão-cheia de notas por cima da conta do Tavares.
E como Avillez torce o nariz ao facto de se andar a chamar low cost a restaurantes que cobram 30 a 40 euros por refeição, resolveu ser mais radical e descer a fasquia para uma média de 8,50 euros: “o verdadeiro low cost tem de ser neste nível”, defende.
“Trinta ou 40 euros não é acessível para a maioria das pessoas.”
E diz mais: assume este passo como “uma resposta ao mercado: comer bem e barato.
Temos de nos adaptar a esta nova realidade e ter coragem para iniciar um novo ciclo”.
Para ele não há meio termo: é o Tavares num extremo e o JA à Mesa noutro.
E assim há Avillez para quase todos.

JA à Mesa. Lg. Moreira Rato, 14 (Santos). 93 839 0899.
Segunda a sexta, das 08.30 às 20.00.

6 comentários:

  1. Já disse isto várias vezes, mas se o Galo quer ser um blog nacional tem que deixar de estar preso só às coisas de Lisboa ( exposições, restaurantes, feiras, etc ).

    ResponderExcluir
  2. Tenho seguido as suas sugestões de restaurantes, sempre com resultados positivos.
    E farei o msmo com este. Quanto ao blog ser só lisboeta, não o serão também a maioria dos visitantes?
    Mas já vi aqui referências a feiras em Évora, acontecimentos em Setúbal, à Casa da Música no Porto, etc, o que prova que o galo não olha só para a capital.

    ResponderExcluir
  3. 12,50 não é inacessível.
    Por uma vez ... :-)


    P.S.1
    Em Evora, é o Fialho, sempre foi...

    P.S.2.
    MTH, vai pastar, que já enjoas.

    ResponderExcluir
  4. O Fialho em Évora...passou-se lá uma história muito engraçada, comigo!
    Fui dar um curso a Gerentes Bancários, em Évora, no pino do Verão! Jovenzinha, bonitinha (ao q dizem) e de roupa leve (usavam-se as túnicas brancas, como agora se voltaram a usar...). No almoço do primeiro dia, o Director da Instituição entre outras coisas disse: os senhores não estão habituados a que seja uma jovem que vos venha dar formação, etc, ec, etc. Comentário de um Participante - Ó Sr. Director...não se apoquente que nós olhamos p'rá menina e vemos macho!!!!

    ResponderExcluir
  5. Claro está que o Fialho continua a ser um clássico, mas com melhor relação Qualidade/Preço já se encontarm muitos outros como a Tasquinha do Oliveira, por exemplo.

    ResponderExcluir
  6. Referências gastronómicas do Galo é para se ter sempre em conta. É ave de bom garfo, neste caso de bom bico.

    ResponderExcluir