E assim, a propósito do desaparecimento de Pina Bausch escreveu este comentário, que considerámos o Comentário da Semana:
"...Tive a sorte e o privilégio de poder assistir a quase todas as apresentações de Pina Bausch, em Lisboa.
Vi-a, a ela e à sua Companhia, pela primeira vez, na Gulbenkian, em espectáculos realizados, em 1994, no âmbito da "Lisboa, Capital Europeia da Cultura".
"Café Muller", esse paradigma do desespero e da solidâo, ao som de Henry Purcel, em que há corpos incapazes de se "salvarem" através do outro, e uma Pina Bausch que desliza, parede abaixo, num movimento de queda inevitavel no abismo; "A Sagração da Primavera", força telúrica que nunca esquecerei, o palco coberto de terra húmida, em fusão perfeita com o corpo de cada um dos bailarinos, eles próprios "vestidos" com a mesma terra, colada ao corpo e à roupa, no final do bailado.Será muito difícil "suceder" a Pina Bausch; nem mesmo o seu bailarino "fetiche", Dominique Mercy, com ela desde as primeiras horas, o corpo frágil, mas mágico, no qual era impossível não reparar...
Há seres humanos que, por tocarem o Divino, a Morte nunca deveria levar..."
Claro está que também houve vozes ( melhor dizendo, voz) discordantes, mas isso é apanágio aqui no "Galo"...
Ela merece!
ResponderExcluirDe acordo. A Contessa estava inspirada! Parabéns!
ResponderExcluirAplaudo e subscrevo, sim senhor !
ResponderExcluirParabéns Contessa por este comentário mas, em relação a outros e à sua participação no geral, parece-me que ainda está a meio gás. Ou estarei enganado ?
ResponderExcluirTão educada e nem comenta o facto?
ResponderExcluirOu será que a mudança do ministro a fez perder algum tacho e anda a mexer-se para solucionar o assunto?
Galo...
ResponderExcluirFoi pelo teu belíssimo post que soube da morte de Pina Bausch, e as minhas palavras foram o resultado do choque e do sentimento de enorme perda que me invadiu; obrigada por teres entendido.
Quanto ao resto, o comentário, a despropósito, do costume...