Apresentaram-se os dois vestidos de igual.
De fato escuro e gravata azul clara.
Cordiais de início, foram subindo o tom e a tensão.
Clara de Souza, a meio, ia picando um e outro.
Pedro acusou António de não ter feito nada.
De não deixar obra feita.
António avançou com o endividamento deixado por Pedro.
Que quadriplicou, durante o seu mandato.
Falou-se no túnel do Marquês e no vereador Sá Fernandes.
Um disse que o outro era um sonhador irresponsável.
O outro disse que ele fazia as coisas avançarem,
ao contrário do seu adversário.
Esgrimiram-se muitos números
e poucas ideias.
Crisparam-se os punhos, incharam as veias do pescoço.
Elevou-se o tom de voz.
Cerraram o sobrolho.
Fizeram-se acusações ferozes e juízos de carácter.
Pedro falou da miscelânia que eram os apoiantes de António.
Várias vezes, António perdeu a pose de buda ditoso.
Miraram-se com ódio, sorriram com desprezo.
Declararam o seu mútuo amor à cidade.
E cumprimentaram-se, educadamente, no final do debate.
A seguir, deram o braço, e foram até ao Gambrinus
para uma ceia leve.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
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Palhaçada!!!!
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