E depois do Adeus, Maestro?

José Calvário, 58 anos, morreu ontem numa unidade de cuidados continuados em Oeiras.
O maestro sofreu um ataque cardíaco em Novembro do ano passado e encontrava-se, desde então, em estado vegetativo.
Autor de canções como "E Depois do Adeus", "Flor sem Tempo", dadas a conhecer por Paulo Carvalho, ou "Adeus Tristeza", com Fernando Tordo, foi um dos nomes importantes da Música Popular Portuguesa, de uma determinada época, tendo sido o primeiro a recorrer a gravações em estúdios ingleses, quando isso era considerado, ainda, de grande arrojo.

À laia de simples homenagem, aqui fica uma pequena estória do "Galo".
Embora frequentassemos os dois o Vává, o mítico e cinéfilo café da Avenida de Roma, nos anos 70, não nos falávamos, até que um dia, por razões que não vêm a propósito, precisei de arranjar uma casa na zona.
E foi no último piso do prédio do Tutti Mundi, actualmente Centro Comercial Roma, que encontrei, lá do cimo do 9º andar, a casa dos meus sonhos, com um terraço imesno a toda a largura da mesma.
Só quando a aluguei é que vim a saber que o anterior inquilino tinha sido o Josó Calvário, que entretanto regressara ao Porto, sua terra natal.
Ocupei essa casa apenas uns três meses e quando a devolvi, foi, de novo, o José Calvário quem ficou com ela.
Uma estória sem o mínimo interesse, mas que recordei quando o Maestro nos disse Adeus...