segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ó fáxafôr, dava-me um Pe...um Presre...um Presertavivo?

A primeira e única, acrescente-se , matando desde já à nascença o eventual suspense que esta pequena história pudesse despertar, a primeira vez, repito, que comprei um preservativo, nos já longínquos Anos 60, a coisa passou-se assim.

O meu encontro, digamos, romântico, estava previsto acontecer mais ou menos a meio da Estrada de Benfica.
Entrei na Farmácia mais perto. Bolas, ao balcão , estava uma empregada...

Apanhei um eléctrico que nessa altura ainda subia, e descia, a referida artéria e lá fui eu quase até às Portas de Benfica.
A segunda Farmácia estava cheias de gente. Impossível fazer um pedido daqueles em voz alta...

Nova viagem de eléctrico.Descida junto a Sete Rios.
Finalmente, a sorte bafejou-me.A Farmácia vazia.
E atrás do balcão, um velhote, surdo que nem uma porta.

"- E o jovem quer o quê?"- fazendo concha com a mão, junto à orelha.
"- Uma caixa de pe...de preservativos "-voz sussurrada.
"- De quê? Fale mais alto!"-o farmacêutico já irritado.
"- P R E S E R V A T I V O S !!!"- vermelho rabanete.
"- Ah!!! E de que tamanho ?"
Se houvesse um buraco, tinha-me enfiado por ele adentro.
"- Tama...? Bem, mais ou menos...Standard !"
Entre resmungos, o velhadas lá me colocou a caixa numa saqueta e eu saí, finalmente, para a rua, dez quilos mais leve.

Para quem gosta de conhecer os pormenores mais escabrosos, tenho a informar que o tamanho não era o acertado, que toda a operação foi um verdadeiro fracasso, que só não terminou em tragédia dado o sentido de humor precoce de ambas as partes envolvidas.

Depois disso frequentei "teatros de Guerra" altamente perigosos- Moçambique, Lisboa pós 25 de Abril, Brasil, de Norte a Sul, Nova Iorque nos Swinging Anos 80, o aparecimento da SIDA - enfrentando todas as situações, só com a cara e a coragem, numa autêntica roleta russa, que , por acaso, deu certo.
A descoberta tardia, dos prazeres monogâmicos, retirou-me obviamente do mercado e se hoje abordo este tema, é porque ultimamente se tem falado muito na distribuição de preservativos nas Escolas.

-Essa distribuição incita a uma promiscuidade intensa ?

- Pelo contrário, não é por ter um preservativo na algibeira, que se faz mais ou menos sexo ?

- O Preservativo à mão, pode evitar doenças venéreas, gravidezes indesejadas e ser infectado, ou infectar, com a SIDA ?

- Cabe aos Pais esse papel e não às Escolas?

Deixo-vos este tema para mais um debate.

O "Galo" aguarda as respostas, para saber se deve optar por condoms à base de barba de milho, ou continuar au naturel...

2 comentários:

  1. O pior mesmo é a promiscuidade intensa não ser acompanhada de preservativo, para responder à sua primeira pergunta.
    E claro que um preservativo à mão pode evitar muitos dissabores, para dizer o mínimo.
    Quanto ao canais de distribuição: pais, escola, discotecas, bibliotecas, o que quiserem, mas sobretudo muita informação e campanhas regulares.
    Depois de tudo isto se se f... muito ou pouco, com muita ou pouca gente, é da conta de cada um.

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  2. Camisinha para jovem, e para não jovem também, é boa ideia.
    E com imaginação, cores, sabores, formas, pode ser um momento de alto astral.
    Toca a curtir garotões e garotonas, mas com camisinha na "cabeça"...

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